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O que é arte?

Eduardo Schulz • May 28, 2021

Criatividade + Sensibilidade

Não vou tentar responder essa pergunta, até porque não sei se existe uma resposta clara, mas vou relatar as coisas que eu sinto e como vejo, não só a arte mas também os artistas.

Primeiramente eu acredito que o processo artístico está diretamente ligado à criatividade, mas não necessariamente o contrário, ou seja, todo artista é criativo, mas nem toda pessoa criativa é artista (lembro desse papo na aula de biologia, todos pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros). Penso que todos nós usamos criatividade em algum grau, por exemplo: somos criativos para solucionar problemas, para fazer melhor nosso trabalho por mais burocrático que ele seja, somos criativos quando desenvolvemos um método para lidar com todos os afazeres do dia-a-dia, ou para achar uma rota alternativa para fugir do trânsito, então a criatividade está aí, presente o tempo todo e se manifestando de diversas maneiras.

Os artistas entretanto tendem a ter um olhar talvez um pouco diferente para as questões da vida, talvez mais sensíveis a alguns temas, talvez menos preocupados com outros, o fato é que essa energia criativa possivelmente também será canalizada em algum tipo de “expressão” desses sentimentos, e aí as fontes por onde se extravasam são várias.

Entendo também que esse caminho das expressões nunca é um só, conheço diversos músicos que gostam de cozinhar, sim, culinária é uma arte (pelo menos pra mim), artistas plásticos que tocam algum instrumento, poetas que dançam, atores que também escrevem textos, cantores escultores… aliás, seria estranho alguém canalizar seus sentimentos exclusivamente através de um único caminho, me parece pouco natural um artista excluir outras formas de arte.

Minha experiência com arte de forma geral começou já quando criança, pois tive a sorte de frequentar algumas “escolinhas de arte” que me deram a possibilidade de explorar diversos desses caminhos e mostraram desde cedo como a criatividade e arte são plurais. Com o passar dos anos fui notando como isso me acompanhou de uma forma invisível, me influenciando constantemente.
Fiz escola de iniciação musical, sempre ouvindo muita música e até inventando (usando a tal criatividade) formas de apresentar essas músicas nas festinhas de aniversário, nem sabia o que era um DJ e muito menos que me tornaria um anos mais tarde, mas eu conectava um aparelho “3 em 1” com um Discman nas caixas de som e trocava as músicas de lá pra cá.
Paralelamente a isso gostava muito de cozinhar desde moleque, algo me fascinava na alquimia de combinar e transformar ingredientes diversos, um hábito que levo comigo até hoje.
Ultimamente tenho escrito neste Blog sobre coisas que me inspiram e acabei descobrindo nessa atividade uma outra forma criativa de expressão artística que talvez também estivesse alí, constantemente presente sem ser notada, pois sempre tive uma certa facilidade para escrever as redações da escola ou para escolher as palavras certas para redigir aquele e-mail sério de trabalho.
Gostaria de relatar ainda mais uma aventura artística… comentei com minha companheira que fazia um tempo que estava afim de experimentar alguma coisa com pintura, sei lá porque tinha essa vontade, acho que não pintava nada desde os tempos da aquarela na escolinha de artes. O fato é que ganhei de presente de aniversário da minha namorada e da minha mãe (as mulheres sempre maravilhosas nos incentivando <3) um kit com telas, pincéis, tintas, cavalete e todo tipo de ferramentas para explorar mais esse canal criativo. O resultado foi que numa noite junto com meu cunhado (que sabe muito mais das artes visuais que eu), pintamos todas as telas e ainda improvisamos mais uma com um pedaço de madeira que estava pela casa. Se os quadros ficaram bons do ponto de vista técnico eu não sei, mas foi uma super sensação poder me expressar também desta forma!

Esse é meu relato até agora com as artes, uma fonte que leva sentimentos através de cursos diversos, como um rio de processos criativos.
Talvez nada do que está escrito aqui tenha qualquer ligação com quem lê o texto ou com quem estuda artes de forma acadêmica, mas pode ser também que de alguma maneira sirva de incentivo.

Se você é artista ou tem notado seu olhar criativo se tornando um desejo de se expressar de outras maneiras, vá em frente, arte é multidimensional!
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