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Um outro olhar sobre nós mesmos

Eduardo Schulz • May 14, 2021

Inspirações espirituais.

Hoje me ocorreu de trazer um outro tipo de inspiração, pois esse tipo de leitura, de compreensão e modo de olhar para o mundo e para nós mesmos me acompanha a muitos anos.

Meu primeiro contato com OSHO deve ter sido no começo do anos 2000, um amigo tinha lido um livro, se não me engano “Além das Fronteiras da Mente”, e numa conversa sobre o conteúdo ele me disse: “você tem que ler com a cabeça aberta, sem preconceitos”, e foi o que fiz. 

Primeiramente, não vamos nos ater a questões religiosas, pois não é essa a ideia do texto, cada um de nós tem suas crenças e opiniões, mas sim sobre questões de entendimentos, filosóficas, e sobre a capacidade de olhar as situações com “outros olhos”.

Osho nasceu na Índia em 1931 e viveu até 1990, foi um cara que teve uma vida no mínimo cheia de dualidades, muito dinâmica e repleta de contradições, aliás, era o mestre das contradições (podemos ver uma parte disso na série “Wild, Wild, Country” no Netlifx). Entretanto, a capacidade que tinha de compartilhar sua vida e sua percepção de mundo era de fato algo que tocava muitas pessoas de maneira positiva.

A ideia de que devemos focar no “momento”, estarmos conscientes dos atos, olharmos para nós mesmos, seguirmos nosso próprio caminho e tantos outros desses “lemas” que vemos por aí não são coisas novas, muitas dessas eram coisas que ele dizia, mas isso tudo é muito mais antigo, boa parte desses ensinamentos vem do budismo, uma das religiões mais antigas e que ele estudou profundamente, mas o como falei anteriormente, o foco não é na religião e sim nos ensinamentos.

Esse é mais um dos pontos interessantes das suas palestras (sempre eram palestras pois aparentemente ele não acreditava no conceito de livros, pois eram coisas que ficaram no passado, já foram escritas) era que ele contava a “sua” percepção, era algo dele, ninguém deveria seguir o que ele disse, e sim ter suas próprias experiências, fundamentalmente algo que se afasta da maioria das religiões.
Acreditava também no humor, na celebração do amor, criatividade e meditação como partes fundamentais da vida, que muitas vezes se tornavam reprimidas tanto pelas religiões tradicionais como pela própria sociedade.
Estas palestras, que depois de sua morte foram compiladas em livros, tem grande influência até hoje justamente por essa visão “moderna”.

Na minha experiência pessoal houveram diversos momentos em que tive a coragem de ouvir minha intuição, coração, ou seja lá como podemos chamar, e os rumos que foram tomados depois desses momentos sempre foram maravilhosos.
Vou citar apenas um como exemplo: foi uma decisão (de deixar diversas “seguranças” de lado) que teve como resultado uma maior proximidade com a música ao ponto dessa arte se tornar parte fundamental da minha vida como ela é hoje, foi depois dessa decisão que comecei a tocar e produzir, e naquele momento eu estava completamente ciente do tamanho da escolha que estava sendo feita e como ela era um passo na direção do desconhecido, ou seja, algo que realmente mudou minha vida!

Cada um de nós tem a liberdade para interpretar os acontecimentos como entender, e este é meu relato que hoje senti em compartilhar, se de alguma maneira você se identificou, deixo aqui a mesma recomendação que tive: leia com a cabeça aberta.

Seguem aqui três frases, que talvez vocês até já conheçam, um texto para reflexão e também um vídeo (em inglês) que ilustra o bom humor de OSHO.

“Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar... Apesar de todas as consequências.”

“O outro não o preenche. Preenchimento é interno.”

“Ficar louco de vez em quando é necessidade básica para permanecer são.”


A Rebelião é Individual
 
"Eu não prego revolução. Sou completamente contra revolução. Digo a você que minha palavra para o futuro e para os que são suficientemente inteligentes no presente, é rebelião. Qual é a diferença?
 
Rebelião é ação individual; não tem nada a ver com a multidão. Rebelião não tem nada a ver com política, poder, violência. Rebelião tem algo a ver com mudar sua consciência, seu silêncio, seu ser. É uma metamorfose espiritual.
 
E cada indivíduo que passa por uma rebelião não está lutando com ninguém mais, mas está lutando apenas com sua própria escuridão. Espadas não são necessárias, bombas não são necessárias. O que é necessário é mais atentamento, mais meditatividade, mais amor, mais devoção, mais gratidão. Envolto por todas estas qualidades, você é renascido."

OSHO
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